O Brasil, antes dos portugueses aqui chegarem, era povoado por índios, de várias nações e culturas diferentes, com uma arte diversificada e muito rica.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil encontraram aqui um clima quente, um local totalmente inexplorado e habitado por índios, que, em vez de roupas como a dos portugueses, usavam colares, enfeites feitos com penas e o copo todo pintado.
Enquanto os índios viviam nus e livres, em Portugal as mulheres nem podiam mostrar os pés. Os portugueses ricos usavam roupas luxuosas, de tecidos pesados, com bordados e joias.
Os portugueses
deixaram para trás um país rico e muito adiantado para a época.
Eles eram mestres na construção de caravelas e tinham também uma arquitetura muito avançada.
Eles eram mestres na construção de caravelas e tinham também uma arquitetura muito avançada.
Tanto índios quanto
portugueses ficaram surpresos, pois não tinham nada em comum.
Cada um deles tinha
seu próprio modo de viver em sociedade, de se vestir e fazer arte.
O índio brasileiro
era muito habilidoso, podemos ver isso em sua pintura, suas cerâmicas, seus
trançados e seus adereços plumários. Para os indígenas, qualquer que venha a ser a finalidade do objeto, ele deve ser executado da forma mais perfeita possível. E é nessa perfeição, que vai além da finalidade, que reside a noção indígena da beleza. A arte indígena representa mais as tradições de sua comunidade do que a personalidade de quem a faz, por isso os estilos da pintura corporal, do trançado com fibras e da cerâmica, variam de um povo para outro. Pode-se então, afirmar que existem "artes indígenas", já que cada povo produz suas obras muito particularmente, de acordo com sua vivência.
PINTURA CORPORAL
A pintura pode
estar relacionada a crenças indígenas, identificação de uma determinada tribo,
membros de uma mesma tribo ou servir simplesmente para embelezar o corpo.
As tintas usadas para
a pintura corporal são retiradas da natureza, basIcamente do urucum (vermelho e
amarelo) e do jenipapo (preto e azul).
ADEREÇOS E ARTE PLUMÁRIA
Assim como a pintura corporal a arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e majestade.
Assim como a pintura corporal a arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e majestade.
CACIQUE RAONI COM ALARGADOR BUCAL
BRINCOS
MÁSCARAS PARA DANÇAS E RITUAIS
Para os índios, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo tempo em que são um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Elas são feitas com troncos de árvores, cabaças e palhas de buriti e são usadas geralmente em danças cerimoniais, representando personagens da mitologia indígena, como, por exemplo, na dança do Aruanã, entre os Karajá, quando representam heróis que mantêm a ordem do mundo.
BRAÇADEIRAS
ALARGADORES DE ORELHAS
Com sementes, penas
de pássaros, pedaços de bambu, ossos etc. são feitos os colares, cocares,
enfeites corporais e também a decoração dos armamentos.
Esta é uma arte
muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a
pura busca da beleza.
Na modelagem de
cerâmicas, os índios também se mostram muito habilidosos.
Eles modelavam vasos,
recipientes para uso doméstico e os "licocós", pequenos bonecos que
mostram as várias atividades da tribo.
LICOCÓS
VASOS
CERÂMICA MARAJOARA
A tribo Assurini,
do Xingu, utiliza como matéria-prima tinta de origem mineral para colorir seus
vasos.
Essa tinta é obtida
de pedras coloridas (vermelho, amarelo e preto) encontradas na natureza que são
esfregadas em outras pedras mais duras e ásperas com um pouco de água.
A superfície desses
vasos tem uma decoração muito colorida (desenho preto e vermelho com fundo
amarelo) e como acabamento é aplicada sore a pintura a resina do jatobá, que
serve como verniz.
Os pincéis
utilizados são penas de ave, talos de madeira e fibras de plantas variadas.
TRANÇADO
O trançado tem
presença marcante sobre o artesanato brasileiro desde a chegada dos portugueses
até os dias de hoje.
A produção dos
trançados brasileiros é extremamente variada não só quanto ao formato e beleza
dos objetos, mas também em relação à sua utilidade.
A variedade de
plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável
fonte de matéria prima.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Os índios gostavam
de música, que era praticada em suas festas e duravam vários dias.
Os instrumentos
musicais utilizados por eles eram o toró (flauta de taquara), o boré (flauta
de osso) e o uai (tambor de pele e de madeira).
MORADIAS
Taba ou Aldeia é a
reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias (ascendentes e
descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas.
O lugar ideal para
erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança,
próxima de rios e da mata.
A terra, própria
para o cultivo da mandioca e do milho.
Ali se reúnem os
conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes
festas.
Dessa praça partem
trilhas chamadas "pucu" que levam à roça, ao campo e ao bosque.
Destinada a durar
no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou
folhas.
Não recebe reparos
e quando inabitável os ocupantes a abandonam.
Não possuem
janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma
parede ou divisão aparente.
Vivem de modo harmonioso.